Bosque do Papa e Memorial Polonês – Curitiba (PR)
- almadeturista
- 23 de set. de 2018
- 4 min de leitura
Atualizado: 24 de set. de 2018

Como chegar: mapa Linha Turismo: Ponto 13 – Bosque João Paulo II/Memorial Polonês Horário de Funcionamento: Bosque do Papa: diariamente das 6 às 18h Memorial Polonês: terça a domingo das 8 às 18h Entrada gratuita
O Bosque do Papa (ou Bosque João Paulo II), inaugurado em 1980, compreende uma área verde de 46 mil m². Sua criação teve como objetivo celebrar os imigrantes poloneses da região de Curitiba e a visita do Papa João Paulo II à cidade, feita alguns meses antes.

Burle Marx foi o responsável pelo projeto do bosque, que conta com espécies nativas, como a Araucária (pinheiro).
As atrações do Bosque do Papa incluem: o Memorial Polonês (casas típicas polonesas, com exposições em seu interior), pista de caminhada, trilhas no meio da mata, a Capela abençoada pelo Papa João Paulo II, loja de artesanato polonês, playground e as festas típicas polonesas.
Mapa do Bosque
O Bosque João Paulo II é relativamente compacto, por isso, explorá-lo não toma muito tempo (de 30 minutos a uma hora). O mapa abaixo mostra a estrutura do Bosque:

O que fazer no Bosque do Papa?
1. Visitar o Memorial Polonês
O Memorial Polonês é o principal atrativo do Bosque do Papa. Este museu ao ar livre é formado por sete casas feitas de tronco, construídas no final do século XIX, nas colônias polonesas dos arredores da cidade.

Em cada casa de madeira, encontramos uma atração diferente: há a que funciona como capela, a loja de artesanato e as que exibem fotos ou objetos relacionados ao Papa João Paulo II ou à vida dos primeiros imigrantes poloneses da região.
Uma delas, a casa pintada de branco, é uma réplica de casa polonesa, com móveis e utensílios domésticos da época.

Em outra casa há uma exposição sobre o Papa João Paulo II. Na próxima, podemos ver os instrumentos e ferramentas agrícolas utilizados pelos imigrantes: como uma carroça e uma ‘pipa de azedar repolho’ (é o que diz a placa, pelo menos).


A cultura polonesa habita o interior do Bosque do Papa. As sete casas, feitas de troncos de pinheiro encaixados, são por si só uma atração. Afinal, são construções originais da antiga colônia.

2. Tirar fotos no portal de entrada e ver o Rio Belém


3. Xeretar (e talvez comprar) na loja de artesanato
Na loja de artesanato você encontrará as famosas Pêssankas: lindos ovos coloridos a mão (mas não muito baratos). Além de outros artigos de artesanato, há também doces típicos poloneses.

4. Explorar as trilhas
Pode-se percorrer as trilhas do Bosque do Papa com facilidade e em pouco tempo. Uma delas, que começa atrás do palco, leva à estátua do Papa João Paulo II.

5. Encontrar dois célebre poloneses: Nicolau Copérnico e Papa João Paulo II


6. Deixar as crianças se divertirem no Playground (enquanto você descansa nos bancos)

7. Rezar (ou só entrar) na Capela abençoada pelo Papa

Mesmo que rezar não seja uma das suas habilidades, vale a pena conhecer a Capela. Dentro dela você descobrirá (através dos recortes de jornais), que ela foi montada originalmente, no Estádio Couto Pereira, durante a celebração que recebeu o Papa João Paulo II. Na missa celebrada então, esta casa foi abençoada e visitada por ele.
Quando o Bosque do Papa foi concluído, a casa passou a integrá-lo, funcionando como capela. Esta capela homenageia Nossa Senhora de Czestochowa (ou Virgem Negra de Czestochowa), padroeira da Polônia.

É proibido fotografar dentro da Capela (e das outras casas também). Para deixar mais claro, é proibido e é fiscalizado. Então, se não quiser levar bronca, é melhor guardar o celular.
8. Participar das festas típicas poloneses
O Bosque do Papa é também sede de festas típicas polonesas, que contam com apresentações musicais e de dança. Além disso, você encontrará artesanato e comidas típicas. As principais festas são as seguintes:
Swieconka: Celebrada no Bosque do Papa, no Sábado de Aleluia. É a páscoa polonesa, em que ocorre a Benção dos Alimentos.
Dia de Nossa Senhora de Czestochowa: no dia 26/08 é comemorado o dia da padroeira da Polônia. A festa no Bosque do Papa acontece no domingo dessa semana.
Jaselka: é celebrada no primeiro domingo do mês de dezembro. É uma festividade natalina polonesa.
9. Conhecer os pontos turísticos próximos (e economizar uma descida no ônibus de turismo)
O Museu Oscar Niemeyer (MON) fica do lado do Bosque do Papa. Uma das trilhas do Bosque leva aos fundos do MON:

A trilha é bem curta. Logo as árvores terminam e chega-se a Rua Viêira dos Santos.

Fica a dica: se você vier ao Bosque do Papa com o ônibus da Linha Turismo, aproveite para visitar o MON na mesma descida. Os dois pontos turísticos estão lado a lado. Assim, com cinco minutos de caminhada, você economiza um dos escassos e limitados passes do ônibus de turismo.
O Palácio Iguaçu também pode ser incluído nessa descida. Ele fica a uns 700 metros, tanto do Bosque quanto do Museu Oscar Niemeyer. Assim, você consegue visitar 3 pontos turísticos em uma descida!
A visita do Papa João Paulo II à Curitiba
O Papa João Paulo II chegou à Curitiba em 5 de julho de 1980. No Estádio Couto Pereira, celebrou uma missa para mais de 60 mil pessoas.
Durante a celebração, o Papa assistiu a apresentações de danças polonesas e visitou uma casa típica (aquela que funciona como capela no Memorial Polonês). O pontífice destacou a importância dos imigrantes durante o evento.
No dia seguinte, o Papa celebrou uma missa no Centro Cívico, novamente acompanhado de grande multidão. Ali fez menção à generosidade com que Curitiba acolheu vários imigrantes de diversas origens, sem preconceito.

Segue trecho dito pelo pontífice nesta ocasião:
“Este Estado do Paraná, esta Cidade de Curitiba onde me encontro, retrata bem a Jerusalém da manhã de Pentecostes pela imensa variedade de raças daqueles que ouvem anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo. Ali – segundo a fascinante enumeração dos Atos dos Apóstolos – Partos, Medos, Elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judéia, da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito. Aqui caldeados pela terra que os acolheu mas presentes e reconhecíveis de algum modo nos rostos de seus filhos, netos e bisnetos – portugueses, italianos, ucranianos, alemães, japoneses, romenos, espanhóis, sírios, libaneses – para não falar daqueles, numerosos, que trazem nas veias um sangue igual ao meu, sangue polonês!”
A homilia (sermão) pode ser lida na íntegra em http://w2.vatican.va
A imigração Polonesa em Curitiba
Os primeiros imigrantes poloneses, chegaram em Curitiba em 1871. Fundaram as colônias de Tomás Coelho (Araucária), Muricy (São José dos Pinhais), Santa Cândida, Orleans, Lamenha, Pilarzinho e Abranches.
Eles trabalhavam principalmente na agricultura e no comércio e, atualmente, formam em Curitiba a maior colônia polonesa no Brasil.

Em 1991, foi inaugurado um marco comemorando os 120 anos da chegada dos poloneses: o Portal Polonês, localizado na rua Mateus Leme, pertinho da entrada do Bosque do Papa.
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